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sábado, 9 de janeiro de 2016

Amigo dos inimigos

Tramas e traições na luta pelo poder na CBF


Licenciado desde o inicio de dezembro, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de forma surpreendente cancelou a licença e reassumiu a presidência da entidade por dois dias - tempo suficiente para colocar Antônio Carlos Nunes de Lima (Cel. Nunes) no cargo - e saiu novamente de licença.

Ninguém sabe os verdadeiros motivos e ficaram no ar as razões para a manobra do presidente da CBF. Vou destrinchar abaixo os motivos e o porquê da manobra.

Na ocasião de se licenciar pela primeira vez, a decisão de Del Nero se deu principalmente para evitar a ascensão de Delfim Peixoto, Presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF) e seu principal desafeto que luta pelo seu cargo. Caso tivesse sido afastado de suas funções pela FIFA ou pedido renuncia do cargo, por ser então o vice-presidente da CBF mais velho, Delfim seria elevado ao posto de mandatário da entidade. 

O vice escolhido para substituí-lo foi Marcus Antônio Vicente, Deputado Federal pelo PP-ES que por mais de vinte anos (1994 a 2015) foi Presidente da Federação Capixaba de Futebol. Marcus Vicente foi escolhido não por acaso, mas por ter sido eleito com forte apoio financeiro de Marco Polo a quem deveria manter lealdade.

Mas antes de apoiar o paulista, o deputado capixaba era companheiro de Rubinho (Rubens Lopes), Presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, a ponto de Rubinho emprestar dinheiro para a combalida Federação do Espirito Santo.

Marcus Vicente e Rubens Lopes eram parceiros, mas como a força de Marco Polo era grande, o mandatário capixaba debandou para o lado contrario. Nesse período, Marcus Vicente ganhou a confiança de Marco Polo e sua trupe, mas Marco Polo não conhecia seu histórico de traições e quando precisou  de um laranja durante a crise na FIFA, logo pensou no nobre deputado a quem dera apoio à Câmara Federal, mas os capixabas que o conhecem bem sabiam que tal empreitada não iria muito longe.

Logo que empossado, Marcus Vicente pôs as manguinhas de fora e começou a andar com a oposição de Marco Polo, tendo como conselheiro Rubens Lopes e Delfin Peixoto, inimigos declarados de Del Nero.  

Cel, Nunes e Del Nero

Antes mesmo de assumir o cargo na CBF, Marcus Vicente, feito um peixe, morreu pela boca, o capixaba deu entrevista para o jornal a Folha de S. Paulo falando de forma definitiva e de projetos futuros o que levou a manobra de Del Nero.

“Estou no aeroporto, chego ao Rio hoje. Vou conversar com o Marco Polo e com os presidentes das federações para tomar pé da situação. Não teremos novas eleições. Vou cumprir o mandato do Marco Polo até o fim” – disse Vicente à época.

Marco Polo que é uma raposa velha e profundo conhecedor do assunto, como pode comprovar em vida o já falecido Eduardo José Farah – ex-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) -, percebeu logo que o nobre capixaba seria um Judas na sua vida e agiu rapidamente fazendo a troca antes de receber a facada traiçoeira pelas costas.

Frase: "Não existe traição, existem interesses paralelos!" (Dayane Breyer).

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